Carrancas – MG
Carrancas é uma cidadezinha do Sul de Minas, à 4h de Belo Horizonte, e que faz parte do Circuito das Pedras. É cercada de montanhas, grutas, rios e cachoeiras.
Fomos à cidade 2 vezes em 2013. Na primeira vez choveu muito, e fez bastante frio. Aí não conseguimos aproveitar tanto. Da segunda vez tinha sol, aí conseguimos conhecer mais cachoeiras e até nadar!
A cidade mesmo é pequena, tipicamente do interior. Tem uma praça central, com a Igreja, e as casas em volta. Algumas pousadas e restaurantes não funcionam durante a semana, então é melhor já ir com pousada reservada. Outro fato importante, lá a maioria dos estabelecimentos não aceita cartão, nem crédito, nem débito, e só tem Banco do Brasil e Bradesco, então leve dinheiro! Sinal de celular também não pega bem, o melhor é o da Tim.
A maioria das pousadas e cachoeiras fica fora do centro da cidade, e é preciso pegar estrada de terra para chegar até elas.
Da primeira vez, fomos sem reservar pousada, mas escolhemos uma pela internet. Para nossa surpresa, descobrimos que a pousada só abria na sexta-feira, e portanto, tivemos que procurar outra. Nos indicaram a Pousada Céu e Serra, e optamos por ficar lá. É uma pousada bem bonita e tranquila. Fica perto de algumas cachoeiras, e possui uma gruta em sua propriedade.
http://www.pousadaceueserra.com.br
Da segunda vez, ficamos na Pousada Mirante da Serra Verde. Um pouco mais longe da cidade, fica em um ponto muito alto, e temos uma visão de quase 360º da região montanhosa que cerca a cidade.
http://www.pousadamiranteserraverde.com.br
Antes de tudo, algumas dicas. Já falei do dinheiro, né. Leve dinheiro mesmo, a maioria dos restaurantes são um pouco caros, e algumas cachoeiras, que ficam em propriedades particulares, cobram para entrar. Leve roupas frescas, porque para chegar nas cachoeiras é preciso caminhar, então quanto mais confortável você estiver, melhor. Por causa do sol, não esqueça o protetor solar e principalmente a água. Leve comida, biscoitos, bolinhos, barra de cereal, mini-sanduíches, suco. Se você for ficar o dia inteiro vai precisar comer. E leve roupas de frio. A noite o vento é muito forte, e o frio, intenso. Dependendo da época que você for, leve luvas e meias para aguentar as baixas temperaturas. E faça uma boa revisão no carro, pois as estradas são todas de terra, então não corra o risco de ficar parado no meio do nada!
A cidade tem um centro de turismo, com guias que fazem os passeios. Sem o guia é possível conhecer algumas cachoeiras, mas no total são 80 quedas, e na grande maioria só dá para chegar com ajuda do guia mesmo.
A primeira cachoeira que visitamos é a Cachoeira da Toca. Fica antes da ponte que leva à cidade, à direita. Dá para andar um pouco de carro, e depois o resto do caminho é a pé. Essa é uma cachoeira paga, são 3 reais por pessoa. Como fomos em dia de semana, não havia ninguém para fazer a cobrança, então não pagamos entrada em nenhuma, mas é bom ir preparado. Tem um restaurante próximo, que para chegar, é preciso atravessar uma ponte bem rústica.
Como tinha chovido, a agua estava um pouco turva.
Ficamos lá até encontrar uma aranha enorme, e depois do susto, resolvemos ir embora.
No dia seguinte, fomos fazer o roteiro da Fumaça. É preciso sair da cidade, pegar uma estrada de terra e seguir até a placa, depois são mais 2 km de estradinha e 5 min de caminhada. A cachoeira da fumaça é linda, volumosa, tipo uma prainha, cercada de areia. Depois que nadamos até, descobrimos que não é recomendado nadar lá, pois uma parte do esgoto da cidade cai naquela água. Não percebemos nada, a água não tinha cheiro e não estava muito suja. Era um pouco turva, mas tinha chovido na noite anterior, então achamos que era por isso. Grande decepção, ninguém avisou que não podia entrar, nem o guia e nem a moça da pousada, que indicaram a cachoeira e o caminho para nós. No lugar também não havia placas avisando do risco, então se não tivessem falado com a gente depois, nunca saberíamos. Até hoje não tivemos nenhuma reação, então acho que está tranquilo. Mas desaconselhamos, pois a sensação de saber que nadou no esgoto não é nada boa… Os moradores afirmam que não há problemas, e que várias pessoas nadam lá.
Depois fomos até a cachoeira Esmeralda, que fica na continuação da estrada de terra. Mais uma vez, tem um a placa indicando a entrada. Essa também é uma cachoeira paga. Para chegar é preciso caminhar mais, mas vale a pena porque é cachoeira é linda. Antes tem um poço bem bonito, e uns cachorrinhos, que guiam a gente até a água e entram nela.
A queda principal é linda, a água mais quente que a gente entrou. Chama Esmeralda porque a água é verdinha. Uma parte é bem funda, mas é ótima para banho.
Na volta descobrimos uma senhora que faz almoço na cidade. Ela cobra 10 reais pela comida, que serve na casa dela mesmo e você come o quanto quiser. Ou pode levar um marmitex, por 7 reais. Como os restaurantes são meio caros, vale muito a pena, comidinha caseira e feita na hora. Chama Cantina da Du, fica em uma rua paralela à rua da frente da igreja, na porta tem uma placa escrito VENDE GELO. Se não encontrar, procure pela casa da Dulcineia.
A ultima cachoeira que visitamos é a Cachoeira do Moinho. A entrada fica na mesma direção que a entrada para a Cachoeira da Toca, antes da ponte que leva à cidade, só que à esquerda. Mais uma vez anda-se um pouco de carro, deixa no estacionamento de um bar, e depois o resto do caminho é a pé. A cachoeira é pequena, mas é linda, e tem um poço antes, onde é possível nadar mais tranquilamente. Tem muitas árvores em volta, uma sombra muito boa, e deu pra curtir bastante nossos últimos momentos na cidade.
Resumindo, uma região linda, onde o encontro com a natureza acontece a todo momento, nas águas, na vegetação, nas montanhas e nos animais. Vimos muitos cães, muitas borboletas e insetos. As pessoas são super simpáticas e prestativas. Enfim, um destino ótimo para quem quer uns dias de descanso e lazer.